Carros elétricos chineses vão ficar mais caros a partir de 2026, diz analista

Líder do mercado global de carros elétricos, a China enfrenta o excesso de produção, o que deve levar a um aumento de preços a partir de 2026

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Publicado em: 30 de setembro de 2025

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Editado em: 30 de setembro de 2025 01:09

Carros elétricos chineses vão ficar mais caros a partir de 2026
Carros elétricos chineses podem ficar mais caros a partir de 2026 / Divulgação: BYD

A China é líder do mercado global de carros elétricos, e tem feito sucesso no mundo inteiro com preços mais acessíveis, mas problemas de excesso de produção podem levar a um aumento de preços a partir do próximo ano. 

Como abordamos nesse post, só no ano passado foram produzidos 31 milhões de veículos elétricos na China, chegando perto da meta do governo chinês, de 35 milhões até 2025. O problema é que não existem compradores para tantos carros, já que a produção ultrapassa até mesmo a demanda global. 

O motivo é simples, os subsídios e isenções oferecidos pelo governo chinês, além do apoio de governos locais que ofereceram terras para a instalação de fábricas com custos a baixo do mercado. Atualmente, existem 129 marcas de veículos elétricos e híbridos na China, mas a consultoria AlixPartners prevê que até o final da década, só restarão 15 delas. 

Em entrevista ao UOL Carros, Cássio Pagliarini, estrategista da Bright Consulting, disse que “a China tem excesso de marcas e de capacidade produtiva. Durante um momento, isso vai gerar descontos, veículos a preços abaixo do normal, exportações para países como o Brasil com custo bem baixo”. O analista acredita que os preços irão aumentar quando o excesso de produção acabar, o que deve acontecer em um ano ou um ano e meio, segundo as suas estimativas. 

De qualquer forma, existe outro motivo para a alta de preços dos veículos elétricos no Brasil no próximo ano, a decisão do governo brasileiro de aumentar a alíquota de importação de elétricos para 35% a partir de julho de 2026. Além disso, a alíquota dos híbridos convencionais passará a ser de 25% e a dos híbridos plug-in, 30%. Isso vai afetar as montadoras que trabalham com veículos importados, o que explica a decisão de BYD e GWM de produzirem seus carros localmente. 

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