O relatório de emplacamentos do mês de setembro da Fenabrave acaba de sair, e confirma algumas tendências positivas para eletrificação, que já vinham sendo observadas este ano. O número de eletrificados entrando em circulação continua a subir vertiginosamente.
O total de emplacamentos de carros eletrificados em setembro de 2025, 26.978, foi 105% maior que o de setembro de 2024. Esse número também é 7% maior que o do mês passado. Os eletrificados representaram 15% do total de automóveis emplacados no mês passado (173.548) e o total acumulado em 2025 já supera todo o ano de 2024 em 56%.

Como nos meses anteriores, híbridos ainda dominam, com 58% do total. Os emplacamentos desses veículos subiram 122% entre os dois anos. Elétricos puros cresceram mais de vagar, mas ainda assim tiveram um aumento sólido de quase 74% entre os dois anos.
Tendência positiva para elétricos no Brasil
A Fenabrave não traz informações precisas de quais tipos de híbridos, plug-in (PHEV) ou não plug-in (HEV), estão sendo considerados e quais seus números. Por outro levantamento, do NeoCharge, os híbridos plug-in são 43% do total, mas o crescimento de suas vendas no último ano foi quase o dobro do que aconteceu com os HEV.
A BYD segue sendo a rainha dos elétricos, com seu Dolphin Mini continuando no quinto lugar entre os compactos mais vendidos, e com mais de 70% do mercado de BEVs. Mas esse número caiu um pouco em relação aos quase 75% do mês passado, e as montadoras que se seguem a ela na lista – Volvo, GWM e GM – ganharam cerca um ponto percentual no período.
Os números aparecem num cenário de aquecimento, no qual a venda total de carros subiu 3,65% em setembro. Assim, a subida de 7% dos elétricos entre os meses representa o dobro do crescimento geral. E esse crescimento de 105% dos eletrificados entre os anos fica mais impressionante se comparado ao geral: meros 4%.
Tudo isso confirma a tendência vista em outra informação recente: segundo outro levantamento, não apenas os emplacamentos estão subindo, como a frota total de elétricos quase dobrou no período. Ainda que a proporção na frota total continue bem pequena, se o mundo está tentando andar para trás em eletrificação, o Brasil parece ser uma exceção.