Levantamento: frota brasileira de eletrificados quase duplica em um ano

Eletrificados já são meio milhão, e elétricos puros crescem mais que todos, mas a proporção no total de veículos ainda tem muito o que crescer

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Publicado em: 1 de outubro de 2025

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Editado em: 1 de outubro de 2025 05:10

Um levantamento inédito da empresa de recarga de veículos elétricos NeoCharge mostra que entre julho de 2024 e julho de 2025, o tamanho da frota de veículos eletrificados no Brasil passou de 269.099 unidades para 503.372. Isso representa um aumento de 87%, quase dobrando em um ano.

O relatório é baseado em números da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A maioria dos eletrificados brasileiros ainda é de híbridos não plugin (HEV) – que, para fins práticos, são carros flex ou a gasolina, movidos pelo que sai da bomba do posto, não da tomada. Apenas os elétricos a bateria (BEV) e híbridos plugin (PHEV) podem trabalhar sem fazer uso de combustíveis líquidos.

Crescimento da frota eletrificada total no Brasil | Neocharge / Divulgação

Mas os híbridos não plugin têm perdido rapidamente importância para os dois outros tipos, crescendo a quase metade do ritmo desses. E os elétricos puros estão crescendo mais que todos. Dividindo por categoria, o crescimento anual foi:

  • Elétricos a bateria (BEV): foram de 63.516 para 124.141 (95%);
  • Híbridos plug-in (PHEV): eram 85.263 e agora são 162.598 (91%);
  • Híbridos (HEV): de 147.320 para 216.633 (47%).

Ainda segundo o relatório, a maior concentração de veículos eletrificados por unidade federativa está em São Paulo, que tem quase um terço da frota brasileira (32,68%). Seguem-se Distrito Federal (7,92%) e Rio de Janeiro (7,47%).

Diferença do elétrico é sentida no bolso

Um copo meio vazio: esse meio milhão de veículos ainda não chega a 0,5% do total de veículos circulando no Brasil (126 milhões). Se contarmos só carros, já que a maioria dos eletrificados é de carros, fica em 57 milhões, ainda não dando 1%. O copo meio cheio é que há um imenso espaço para a eletrificação no Brasil continuar se ampliando rápido, como no último ano.

E o bolso do brasileiro é uma razão para apostar nisso. A NeoCharge também menciona a economia quando se compara um carro elétrico e um a combustão, chegando a R$ 9.922,80 reais anualmente, considerando apenas o abastecimento. Em manutenção, elétricos puros podem gastar até 80% menos em manutenção do que os portadores de motor a combustão interna, pela simplicidade mecânica do conjunto – como um custo de manutenção de um carro novo do Brasil varia entre R$ 2200 e R$ 2800, dá para aproximar para uns R$ 12 mil por ano.

“Este ano temos grandes perspectivas para um crescimento ainda mais acelerado da mobilidade elétrica no Brasil, impulsionado pela presença de grandes montadoras como BYD, Caoa Chery e GWM, que estão fortalecendo o setor no país”, afirma Ayrton Barros, diretor geral da NeoCharge. “Os brasileiros já sentem a necessidade de saber mais sobre os carros elétricos.”

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