
A Ford acredita que haverá uma queda drástica na procura por seus veículos elétricos nos Estados Unidos. O CEO da Ford, Jim Farley, declarou à CNBC que espera que a procura dos consumidores caia pela metade.
Farley afirmou ainda que não ficaria surpreso se as vendas de EVs no mercado dos EUA caíssem da participação de mercado atual de 10% a 12% para cerca de 5%, na sequência do fim do incentivo e de uma nova diretiva da Administração Trump. O CEO da Ford acredita que, embora o setor de EVs permaneça “vibrante”, será “muito, muito menor do que pensávamos, especialmente com a mudança na política de emissões e o desaparecimento do incentivo ao consumidor de $7.500”.
O CEO sugeriu que os veículos híbridos devem absorver parte dessa procura perdida. Segundo o executivo, os consumidores têm demonstrado maior aceitação por veículos parcialmente eletrificados, o que tem resultado em vendas mais fortes para os híbridos do que para os totalmente elétricos.
Política antiambiental “boa para o país”
Sobre o que será das atual linha de produção, Farley afirma: “Teremos que preencher [a linha], mas será estressante, porque tínhamos uma política previsível de quatro anos”, mas parece acreditar na destransição energética: “Agora a política mudou… Todos nós temos que fazer ajustes, e eu acredito que será bom para o país, mas será mais um estresse”.
O fim dos incentivos federais introduziu incerteza na indústria, levantando preocupações sobre a capacidade de utilização das fábricas de baterias e a capacidade de produção de EVs construídas para atender à procura incentivada nos EUA. O incentivo fiscal no valor de US$ 7.500, cancelado por Donald Trump em seu primeiro dia de mandato, junto com várias outras medidas antiambientalistas, já tinha 15 anos em atuação.
A Ford criou uma forma de contornar a mudança comprando os veículos da concessionárias antes do subsídio acabar e vendendo-os de volta, num esquema de leasing.