Ford e a General Motors (GM) anunciaram programas internos que estendem efetivamente o incentivo de US$ 7.500 aos consumidores de veículos elétricos, após o fim do crédito fiscal federal de US$ 7.500 em 30 de setembro.
As montadoras trabalham com as suas redes de concessionárias para lançar programas que permitem que os compradores continuem a beneficiar do valor equivalente ao antigo subsídio federal.
A Ford e a GM usaram de um “truque” para conseguir se beneficiar dos incentivos antes de seu fim. As financeiras das montadoras compraram os carros das concessionárias, dando uma parcela inicial. Os compradores dos carros elétricos então “arrendam” os carros com contratos de leasing de longo prazo dessas financeiras, com o desconto já faturado no contrato. No caso do Ford, o programa deve durar até 31 de dezembro.
O incentivo foi cancelado por decreto de Donald Trump logo ao assumir o mandato, em 20 de janeiro, com a afirmação que serviria para promover “a verdadeira escolha do consumidor, que é essencial para crescimento econômico e inovação”. O prazo final para o crédito encerrou-se ontem.
O crédito fiscal para carros elétricos havia sido estabelecido inicialmente em 2008, no valor de US$ 2.500 – ainda no mandato do também republicano (e conservador) George W. Bush. Entre várias administrações, inclusive o primeiro mandato de Trump, havia sido mantido por 15 anos.
Analistas (e, aparentemente, montadoras) esperam um crash na venda dos elétricos nos Estados Unidos por conta da decisão.