Dados divulgados nesta semana pela Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM) mostram um cenário no qual as exportações de Veículos de Nova Energia (NEVs) — categoria que inclui qualquer veículo que possa ser carregado na tomada e também os com células de hidrogênio – cresceram 99,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
O total de veículos exportados pela China foi de 666 mil unidades em outubro (faça o que quiser dessa informação, pra mim grudou uma música do Iron Maiden na cabeça). Já são 3 meses em que esse número se mantem acima de 600 mil.
No total, foram 256.000 veículos eletrificados despachados dos portos chineses em outubro. Se somarmos o acumulado do ano, já há mais que 2 milhões de unidades de NEVs exportadas, uma alta de 90,4% sobre 2024.
Demanda internacional
Enquanto NEVs sobem, veículos a combustão interna descem. Os envios de carros a gasolina e diesel da China caíram 0,9% em relação ao ano anterior e quase 5% em relação a setembro. No acumulado do ano, a queda já passa de 5%.
O que se delineia é um cenário em que, apesar das decisões hostis num mercado gigante como os EUA (que não importa carros chineses), a demanda pelos elétricos (ao menos os Chineses) está disparando fora do país.
O Brasil é um exemplo: sendo o quarto maior importador de carros chineses no mundo, o país viu o número de emplacamentos aumentar 80% em comparação com o ano anterior, superando os EUA na proporção das vendas em outubro.
Internamente, espera-se que esse ano os elétricos sejam 60% das vendas chinesas. Inclusive há alertas para uma crise de superprodução de EVs na China, com vendas a preços de fábrica, e possivelmente significa uma consolidação em torno de grandes marcas num futuro próximo.
Via CarNewsChina
