Num evento no Hotel Unique em São Paulo, a Omoda & Jaecoo acaba de adicionar dois modelos ao seu portfólio, que já contava com o elétrico puro Omoda E5 e o híbrido plug-in (PHEV) Jaecoo 7. São eles o Omoda 5, um híbrido não plug-in (HEV) e Omoda 7, um híbrido plug-in.
Omoda & Jaecoo são duas submarcas da Chery “irmãs” , atuando como uma só marca no Brasil e em outros mercados fora da China. Segundo a empresa, o conceito é que veículos com a marca Jaecoo tem uma pegada mais off-road, de aventura, e os Omoda são mais urbanos. Afirmam ser a marca de crescimento mais rápido no mundo,
Ambos os modelos da O&J tem a arquitetura que o fabricante chama sistema SHS (Super Hybrid System), versão na qual o conjunto elétrico e a combustão interna atuam alternada ou simultaneamente, com o “super” vindo da promessa de dar o torque típico do elétrico num motor híbrido, e maior economia de combustível que um HEV padrão. (Só testando para saber na prática.)
Omoda 5 HEV

O Omoda 5 já tinha a versão BEV saindo por R$ 210 mil. O HEV vai custar entre R$ 159.990 e R$ 184.990 – configurações Luxury e Prestige, as diferenças principais sendo o sistema de som, bancos elétricos aquecidos e ventilados na dianteira, porta-malas elétrico, sensor de chuva e o pacote ADAS 2.5 de assistência ao motorista. Disputa mercado com SUVs mid-range do mercado convencional, prometendo mais economia de combustível, fazendo 15,1 km/l com gasolina na cidade, o que a O&J diz ser 50% melhor que concorrentes na mesma categoria.
Ainda que seja um híbrido não plug-in, vem equipado com o que a O&J chama de “super hybrid”, prometendo uma experiência similar ao elétrico, em termos de torque e silêncio, mesmo com um carro basicamente movido a gasolina. A versão HEV aliás, está estreando no Brasil – no exterior, só havia o elétrico e o a combustão interna. O conjunto tem potência combinada de 224 cv e faz de 0 a 100 em 7,9 s.
Omoda 7 PHEV

A tecnologia também está presente no híbrido plug-in e SUV premium da marca, o Omoda 7. Ele é maior – 4660 x 1875 x 1670 mm versus 4447 x 1824 x 1588 mm; os números são comprimento, altura e largura – e também possui mais tecnologia embutida.
O carro conta com uma tela central deslizante de 15,6 polegadas UHD 2.5K. Conta com o mesmo pacote de segurança ADAS 2.5 do Omoda 5 Prestige, e tem 8 airbags. Sai entre R$ 254.990 e R$ 279.990. Neste caso, o mais caro (Prestige) tem rodas maiores (20 vs 19 polegadas no Luxury), bancos aquecidos, HUD e um exótico sistema de fragrâncias com 3 perfumes, configurável, para “sempre cheirar bem”. O conjunto tem 279 cv, faz de 0 a 100 km/h em 8,4 s e a bateria de 18 kWh dá para 60 km no modo elétrico (pelo Inmetro).
Ambos os modelos não tem opções em cores, oferecidos em variações de branco, preto, cinza e prata.
Planos para o Brasil

Em coletiva de imprensa, os executivos da empresa afirmaram que tem vários planos para o Brasil, que incluem versões a combustão interna (“realidade do mercado”) e produção nacional, ainda a decidir onde podem se instalar (“talvez comprando uma fábrica, como a GWM fez”).
Perguntado pelo evdrops sobre a visão da empresa sobre o processo de eletrificação no Brasil, o CEO Shawn Wu a falou na maior novidade: o híbrido flex (“algo que só tem no Brasil”) e que virá em breve. “Há uma imensa demanda por esse tipo de carro no Brasil. Está nos nossos planos ter o combustível flex, mas com a experiência híbrida”.
Também perguntado sobre EREVs, Wu disse que são populares na China, mas menos eficientes que PHEVs num sentido de puro consumo de combustível, e que o Super Hybrid da Omoda & Jaecoo já entrega essa experiência elétrica.